Goblin: Romance, comédia e fantasia

Goblin: Romance, comédia e fantasia

Oi galerinha, tudo bem? Vamos falar sobre um dos clássicos dos k-dramas, nosso maravilhoso Goblin, confesso que é meu top 1 dos doramas. Não escondendo meu favoritismo, mas se você é dorameira e não assistiu ainda, está cometendo um erro (gravíssimo). O drama foi dirigido por Lee Eung Bok, e seus 16 episódios estão disponibilizados no Brasil pelo Viki. O drama conta a história de Kim Shin (Gong Yoo), um general que foi morto e depois de suplicar a divindade acabou voltando a vida como goblin, ao mesmo tempo que pode ser considerado como um presente, também se trata de uma maldição, já que ele só pode morrer depois de encontrar a noiva do goblin, e assim, Kim Shin vive por 900 anos, vendo as pessoas que ama morrer, mas tudo muda quando a jovem Ji Eun Tak (Kim Go Eun) entra na sua vida.

O que faz desse drama um dos clássicos na história da dramaland? Diria que Goblin é um combo de fatores que deram super certo, desde suas osts até sua fotografia, mas vamos começar pela história. O enredo nos envolve começando com o passado do protagonista, nesse ponto o drama é histórico e como um bom histórico o que não falta é intrigas, um rei ouvindo quem não deveria, uma história de amor trágica e um personagem justo que se ferra ao tentar fazer o certo e adivinhem quem é o nosso protagonista nesse enredo?  Se vocês pensaram no justo, pois bem, acertaram, então sim, acontece algumas coisas que levam o rei pensar que o seu general Kim Shin era um traidor, nosso protagonista é morto e ali, enquanto sua vida sucumbia, ele ora a divindade pedindo por vingança, a divindade faz com que o general volte a vida como goblin e no começo Kim Shin aceitou muito bem essa nova vida, até os anos se passarem e ele continuar vivendo. É nessa passagem de tempo que descobrimos como nosso Goblin é solitário e é nesse ponto também que os outros personagens são introduzidos na história.

O drama consegue ligar muito bem a história de vidas passadas e os personagens que estão envolvidos, não tem uma brecha, todos estão interligados. As descobertas dessas ligações podem ser bem dolorosas, o que mais me prendeu no drama é que ao mesmo tempo que estava rindo horrores também sofri, Goblin não é um dorama leve, tem ensinamentos e histórias carregadas emocionalmente. É assim para todos os personagens principais, falando agora da nossa protagonista, a Go Eun como sempre nos entrega papéis incríveis, ela no papel da jovem Eun Tak nos mostra uma jovem sorridente, mas com um passado difícil, começa pelo fato de que ela deveria ter morrido junto com sua mãe se o Kim Shin não tivesse interferido e salvado a vida das duas, mas chegou o momento que sua mãe morreu e a jovem passou a morar com sua tia, e essa tia era a pior pessoa. Para resumir tudo, Eun Tak tinha todos os motivos para odiar o mundo e mesmo assim ela não odiou, é um contraste e tanto com o Goblin que já viveu tanto tempo que só espera o pior de todos, é nesse contraste que os dois se encontram e a Eun Tak invade a vida de Kim Shin, afinal ele destinou ela a ser sua noiva. A verdade é que nosso protagonista está tão machucado com a sua imortalidade que ele não quer mais pessoas mortais entrando em sua vida, até porque essa pessoa vai morrer e ele continuará sua vida, sozinho. Kim Shin também sente muitas dores, pois a espada a qual ele foi morto, continua encravada no seu peido e essa espada causa dores a cada sinal de felicidade.

A vida não é fácil para ninguém nesse drama, nosso lindo Ceifador (interpretado por Lee Dong Wook), tem a missão de levar as almas dos mortos para a próxima vida, SPOILER, a Eun Tak é considerada uma alma perdida, não era para ela ter nascido, mas o Goblin mudou seu destino e o Ceifador sempre está caçando essa alma perdida, como falei o drama interligada todos os personagens de forma magistral, FIM DO SPOILER. Nesse ponto surge um dos melhores bromance que já existiu nos k-dramas, a química entre o Gong Yoo e o Dong Wook é perfeita, a implicância deles traz a leveza que o drama precisa. É com a aparição do Ceifador que outra personagem ganha as telas e nossos corações, temos aqui um dos casais secundários que mais destruíram os corações das dorameiras, a jovial e belíssima Sunny (interpretada pela Yoo In Na), chega trazendo o sol que faltava na vida do Ceifador. Ser um ceifador pode ser considerado um castigo por algo que você cometeu na sua vida passada, então você fica preso por 300 anos, mais ou menos, mas nesse período você perde todas as suas memórias, ou seja, você está cumprindo uma sentença por um pecado, mas não sabe qual pecado, isso torna a pessoa alheia aos sentimentos/frios e a Sunny chega trazendo sentimentos e sensações as quais o Ceifador já tinha esquecido.

Acho que uma das descobertas mais dolorosas desse drama foi sobre o passado do Ceifador e a ligação dele com o Goblin, foi nesse período de descoberta que tanto ele como a Sunny sofreram muito, SPOILER, nunca vou esquecer dele pedindo para ela esquecer todos os momentos tristes, para o Ceifador, ele era todos esses momentos tristes, por isso queria que a Sunny só se lembrasse das coisas boas e no final, ela não esqueceu nosso lindo, porque para ela, mesmo com a vida passada triste deles, o Ceifador sempre seria um momento de felicidade, estou digitando isso e segurando minhas lágrimas. FIM DO SPOILER.

E esse nem é o ponto alto da história, o drama não deixa você buscar fôlego, sempre tem algo acontecendo, algo se revelando, você precisa assistir prestando atenção, porque a cada momento as vidas dos personagens vão se conectando e tudo começa a fazer sentido. Vocês devem achar que estou falando pouco do casal principal é porque eles possuem um lugar especial no meu coração, a química é impecável, na primeira parte o romance pode se considerado mais leve, mas é nesse momento que o sentimento mais cresce, acontece um negócio muito louco e a nossa lindíssima Eun Tak tira a espada do peito do goblin, SPOILER, nem sei se isso pode ser considerado spoiler, é provável que muitos de vocês já tenham visto essa cena, mas nosso Kim Shin começa a virar cinzas e a sumir, sim, ele está “morrendo”, a rainha Kim Go Eun entrega uma cena de choro que faz seu coração doer e a partir disso nossa protagonista acaba esquecendo da existência do seu amor. Esqueci de falar que é nesse drama que a vela se tornou um símbolo das dorameiras, é só assoprar e o goblin aparecerá é uma conexão entre a noiva e seu noivo, aqui está outra parte que me marcou muito, na história um contrato entre uma divindade não pode se quebrado, os dois fizeram um contrato na “brincadeira” que não importava onde ele estivesse, se ela chamasse pelo goblin, ele viria como a primeira neve e sem querer, assim como foi o primeiro chamado, nosso Kim Shin volta para o plano humano, mas nossa linda Eun Tak não lembra dele.

Nada que o apaixonado Kim Shin não mude, nessa fase a personagem da Go Eun tem mais ou menos 30 anos, está mais madura e mais machucada também, esse tempo longe do goblin tornou ela mais solitária e meio depressiva, nesse novo contexto, o Kim Shin vai a luta para conquistar novamente o coração de sua noiva e sim, ele consegue. Meus amores, que cena magnífica de beijo, eles conseguem passar todos os sentimentos que a cena precisa, é espetacular. FIM DO SPOILER

E depois disso tudo vamos para o meu trauma de caminhões nos dramas. Estava tudo dando certo, felicidade para todos os lados, menos para o casal secundário (infelizmente), o drama nos entrega os refrescos que estávamos esperando, a narrativa nos revela que uma alma perdida tem suas páginas da vida em branco, basicamente ela possui seu destino, não há alguém que escreveu sua história e quando tudo estava perfeito, Eun Tak toma uma atitude que muda seu destino e de todos que estão envolvidos ao seu redor, é uma decisão dolorosa, mas que diz muito sobre quem ela é.

Não irei falar mais nada, só que sofri como uma condenada, foi um dos meus primeiros doramas e até então não sabia que poderiam traumatizar assim, mas eu amei e para os ansiosos de plantão, tem final feliz, você sofre, mas termina tudo bem para todos. A outra parte que me fez amar o drama, foi as osts, se tem uma coisa que me prende, além da história, são as músicas e acho incrível que toda vez que ouço elas sou levada a lembrar das cenas e dos sentimentos que senti enquanto assistia, ainda me emociono. Para fechar o combo perfeição, Goblin tem uma fotografia lindíssima, algumas cenas foram gravadas no Canadá e a fotografia te faz emergir naquele momento, assim como você se sente parte da história nas outras cenas, assistam esse clássico da dramaland, riam, chorem e aprendam.  Termino com uma frase que resume bem esse drama: “Um dia, depois de 100 anos, quando o tempo estiver suficientemente bom, espero ser capaz de lhe dizer que você foi o meu primeiro amor”.

Fotografia do drama – Reprodução: Pheurontay

Imagens/GIFS: Reprodução/tvN

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Atallie França

Estudante de Licenciatura em Ciências Biológicas e escritora. Sempre foi viciada no novo e em descobrir novas culturas, apaixonada pela escrita, livros e músicas. Divide essa paixão com os dramas desde 2017, sempre buscando entender e analisar aquilo que as histórias querem contar.

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