Em dramas coreanos, qual é a diferença entre um anti-herói, um vilão, um antagonista e um co-antagonista? Entenda com exemplos!

Em dramas coreanos, qual é a diferença entre um anti-herói, um vilão, um antagonista e um co-antagonista? Entenda com exemplos!

Nos dramas coreanos, os personagens não são apenas bons ou maus, eles são moldados pelas suas dores, desejos e circunstâncias. Mas em meio a tantos perfis complexos, surge uma dúvida comum entre quem assiste: qual é a diferença entre um anti-herói, um vilão, um antagonista e um co-antagonista?

Embora esses papéis às vezes se misturem, eles têm funções distintas dentro da narrativa. Neste post, vamos explicar cada um desses termos com clareza e trazer exemplos marcantes de dramas coreanos para ilustrar.

Preparado para mergulhar nos bastidores da construção dos personagens?

O anti-herói: o protagonista imperfeito

Song Joong Ki como Vincenzo Cassano, anti-herói de “Vincenzo”

O anti-herói é o personagem principal, mas diferente do herói tradicional, ele não é movido por ideais nobres. Pode ser egoísta, vingativo, impulsivo ou moralmente ambíguo. Ainda assim, é com ele que o público se conecta, justamente por sua humanidade falha.

Exemplo:

  • Vincenzo Cassano (Song Joong Ki) em Vincenzo – Um consigliere da máfia italiana que retorna à Coreia para enfrentar uma corporação corrupta. Vincenzo combate o mal com as mesmas armas do mal, sem piedade, usando estratégias ilegais e até violentas. Ele é cativante, mas está longe de ser um herói tradicional.
  • Moon Dong Eun (Song Hye Kyo) em The Glory – Após anos sendo vítima de bullying, ela dedica sua vida à vingança. Não busca justiça dentro da lei, mas sim a destruição emocional dos seus agressores. Fria, metódica e sem remorso, ela desafia os limites do certo e errado, e ainda assim, torcemos por ela.

O vilão: o agente do caos

Byeon Woo Seok como Ryu Shi-O, vilão de “Strong Girl Nam Soon”

O vilão é o inimigo claro do protagonista. Seus atos são movidos por maldade, ganância, vingança ou prazer em causar dor. Em geral, não há redenção para ele, é o personagem que amamos odiar.

Exemplo:

  • Joo Dan Tae (Uhm Ki Joon) em The Penthouse – Um vilão clássico, manipulador e imoral, que destrói vidas por ambição.
  • Baek Hee Sung (Kim Ji Hoon) em Flower of Evil – Quando a verdade vem à tona, descobrimos que ele é o verdadeiro assassino, vivendo por anos sob uma falsa identidade.

O antagonista: o obstáculo central

Lee Dong Wook como o Ceifador, antagonista em “Goblin”

Diferente do vilão, o antagonista não precisa ser mau, ele é apenas quem se opõe ao protagonista. Pode até ter boas intenções, mas seus objetivos entram em conflito com os do personagem principal.

Exemplo:

  • Oh Soo Jae (Seo Hyun Jin) em Why Her? enfrenta o reitor da universidade, Choi Tae Guk (Heo Jun Ho), ele não é um vilão clássico, mas representa um sistema corrupto e um obstáculo constante.
  • Kim Shin (Gong Yoo) em Goblin tem como antagonista o ceifador (Lee Dong Wook) por boa parte da história, não por serem inimigos, mas porque têm destinos cruzados em direções opostas.

O co-antagonista: o espelho do herói

Kim Seon Ho como Han Ji Pyeong, co-antagonista em Start-Up

O co-antagonista é aquele que compete ou interfere na trajetória emocional do protagonista, mas não necessariamente é o vilão ou o maior obstáculo. Às vezes, ele é até querido pelo público. Serve como um contraponto emocional ou ético, criando conflitos internos no protagonista.

Exemplo:

  • Han Ji Pyeong (Kim Seon Ho) em Start-Up – Não é o vilão, mas representa o amor que a protagonista poderia escolher. Sua presença atrasa decisões e cria tensão com o protagonista Nam Do San.
  • Seo Moon Jo (Lee Dong Wook) em Strangers from Hell – Embora pareça um vilão, sua relação complexa com o protagonista o transforma em algo mais simbólico, representando o lado sombrio que o protagonista luta para suprimir.

Mas afinal, por que isso importa?

Entender essas diferenças não é apenas uma curiosidade, isso enriquece sua experiência como espectador. Você passa a perceber que, nos K-dramas, os personagens vivem em tons de cinza, e não apenas em preto e branco. Suas decisões, medos e contradições refletem aquilo que somos na vida real: complexos.

Na próxima vez que assistir a um drama coreano, pergunte-se: quem realmente está impedindo o protagonista de seguir em frente? Nem sempre é o vilão.

Alice Rodrigues

Estudante de Comunicação social – Jornalismo, e atuando como social media, criadora de conteúdo digital e assessora de imprensa. Além de amar conhecer novas culturas, é viciada em ler e ouvir inúmeros podcast de assuntos variados. Dorameira desde de 2016, adora acompanhar e analisar narrativas e conteúdos que fazem parte da criação de um drama (elenco, filtros usados, fotografia, simbologia das cenas e outros).

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