The Light In Your Eyes: Amor, tempo e Vida

The Light In Your Eyes: Amor, tempo e Vida

Olá doramigxs, como vocês estão? Espero que estejam bem. Hoje eu, Alice, vim dialogar com vocês sobre o drama Dazzling/The Light In Your Eyes (2019), ou como também conhecido pelo Viki, Radiante. Este é um drama coreano produzido pela emissora JTBC, que contém apenas 12 episódios e está disponível no Viki e na Netflix. Acredito que esta resenha não será tão longa quanto meu habitual, pois sinto que nada do que eu fale vai expressar a grandiosidade deste drama, e também, sinto que será mais interessante se a pessoa assistir sem saber afundo sobre a narrativa, afinal, a forma com que eles a constroem e inserem os plots twists incríveis fica melhor quando não os esperamos.

The light in your eyes é um drama que conta a história de amor entre Joon Ha e Hye Ja, através da fantasia de um relógio que possibilita a viagem no tempo. No início o drama vai se mostrar como uma comédia romântica, mas com o passar dos episódios, o melodrama se tornará a categoria mais presente, trazendo muitas cenas de cunho reflexivo através de diálogos e monólogos incríveis. Este drama vai nos mostrar o quão importante é saber aproveitar o tempo que passamos com as pessoas que nos amamos, o valor da vida, e principalmente, o valor que temos que dar a nós mesmos.

Hye Ja (Han Ji Min) é uma jovem de 25 anos alegre que anseia por sua chance de se tornar uma apresentadora, por mais que se machuque ao ver as pessoas que estudaram com ela estarem estabelecidos em suas carreiras enquanto ela ao menos tem um serviço, ela continua a ir nas reuniões de classe e não perde as esperanças. O fato de sua mãe sempre a instigar a continuar a lutar por seu sonho, faz com que ela persista por um longo tempo. Com o passar dos dias, ela acaba conhecendo Joon Ha (Nam Joo Hyuk), um jovem solitário que a faz recordar de seus sonhos iniciais, e também, desperta nela sentimentos amorosos. Um dia, após um acontecimento em sua família, ela precisa recorrer ao relógio que ela havia encontrado quando criança, e como consequência do uso excessivo dele, ela acaba envelhecendo e se tornando uma senhora de 70 anos, a qual conseguirá nos emocionar com os seus sentimentos confusos e dolorosos sobre aceitar as próprias condições mentais e físicas. Há uma frase dita por ela que expressa bem os seus sentimentos, que é “(…) eu estou curiosa para saber o quanto vai ficar pior. Eu ouvi que você não pode ir ao banheiro quando você quer quando ficar velha. Se eu ficasse velha naturalmente deveria ter sido mais fácil de aceitar, eu imagino (…)”.

Joon Ha é um jovem que sonha em se tornar um repórter, mas a ‘realidade’ e seus próprios pensamentos, fazem com que ele se sinta para baixo, sem esperanças de crescer. Sua mãe o abandonou quanto ele ainda era um bebê e o seu pai nunca cumpriu o devido papel, ao invés de lhe dar amor e/ou apoio, ele apenas o causava danos. A única pessoa com quem Joon Ha podia contar era a sua avó, mas o destino faz com que ele se aproxime de Hye Ja, uma jovem que o ensinou a amar um lugar, a acreditar em si mesmo, e principalmente, a se sentir pertencido com um abraço sincero e a simples frase “(…) eu espero que sua vida seja importante para você“. No entanto, a Hye Ja acaba sumindo do nada, e ao mesmo tempo, ele perde a única pessoa que já esteve ao seu lado. Ao meio de tantas perdas, ele se entrega a um trabalho que vai contra suas convicções e de moral duvidosa. Depois de conhecer e conviver um pouco com duas velhinhas que sempre estavam atrás dele (Não eram apenas duas, era um grupo grande, mas essas duas se fazem mais presentes), ele acaba se lembrando de quem ele queria ser, e revendo seus anseios e princípios.

The light in your eyes é um drama que proporciona momentos de reflexão sobre nossas ações como jovens perante as pessoas mais velhas, e até mesmo, reflexões sobre nós mesmos e como lidamos com o nosso cotidiano de confusão em nossas cabeças sobre relacionamentos no geral, sobre o que devemos fazer e como seguir nossas vidas. Além disso, o drama vai entrar em assuntos sobre o suicídio na terceira idade, o abandono de idosos pelos filhos, solidão, a gratidão familiar ou de amizade, sobre a empatia que exercêssemos na sociedade e outros tópicos importantes e interessantes.

Uma coisa que gostei muito neste drama foi o contraste que eles apresentam entre os mais jovens e os mais velhos. Apesar dos mais velhos terem vivido sem ajuda de ninguém por muito tempo, o passar do tempo não a ajuda e cada novo dia, a pessoa se assemelhará e será tratada como uma criança frágil que necessita de cuidados contínuos. Esse tópico nos faz refletir muito sobre a maneira que os idosos são tratados, as vezes são julgados por irem a um lugar onde os mais jovens que costumam ir, sendo que eles possuem o mesmo direito de ir ao local, no entanto, o fato deles irem e serem julgados pelos olhares alheios, faz com que eles se machuquem a ponto de pensarem se realmente deveriam estar ali. Um exemplo disso é mostrado na cena da clínica de cirurgia plástica, no episódio 8 deste drama, onde as velhinhas são julgadas estarem no local e precisam escutar piadinhas dos jovens, por conta disso, a Hye Ja faz um discurso lindo sobre os direitos iguais, uma parte dele diz “(…) Está tudo bem para você criticar um rosto velho como o meu, mas não está certo para mim falar sobre o seu? Ser velha é crime? Ser enrugada é um crime e eu tenho que ser criticada pelos seus gostos? Você acham que nunca serão belhos, certo? (…)”.

Além disso, gosto muito de como a narrativa tratou das questões familiares e das amizades. O forte laço que a Hye Ja tem com a Yoon Sang Eun e Lee Hyun Joo, suas melhores amigas e escudeiras fieis, é lindo, o fato delas se apoiarem independente da decisão e sempre se ajudarem em seus momentos de alegria e tristeza, mostrando como a amizade é uma vida de mão dupla. A relação familiar é outra coisa interessante, apesar dos conflitos, a família é linda e se apoia nos momentos certos, quando o integrante precisar de um abraço, ele o terá, quando precisar de uma bronca, ele tomará, uma das frases da mãe desta família, que é minha favorita é “(…) Mesmo se você for incompetente, viva e conte ao mundo ‘eu estou aqui, quero dar esperança a pessoas como eu’, isso é uma vida verdadeiramente boa”.

Esta trama é uma união de fotografia, ost, narrativa e elenco perfeito. Preciso dar uma margem maior para elogiar este elenco, Kim Hye Ja foi uma atriz excelente, ela conseguia transpassar o sentimento de confusão que teríamos caso fossemos dormir com 25 anos e acordássemos com 70 anos, as dificuldades rotineiras da vida e o amor ao próximo. Além dela, preciso elogia ao Nam Joo Hyuk, gosto muito dos trabalhos dele (acho que devo ter assistido a uns cinco ou seis dramas dele) e algo me diz que o Joon Ha se tornou meu personagem favorito dele (Espero que Do San não esteja ouvindo, já que eu simplesmente amo tal personagem). Neste personagem, ele conseguiu transpor uma maturidade incrível e por vários momentos eu me peguei chorando ao olhar para ele e conseguir sentir a sua dor, perante a situação presente ou passada, a confusão de seus pensamentos e tudo mais, a meu ver, foi uma das melhores atuações dele.

Uma coisa que chama muita atenção no título do drama, que é ‘Dazzling/Radiante’ é que ele define perfeitamente o drama, pois ele mostra que nossa vida é radiante quando nos a fazemos ser, independente de quantas vezes você cair, o importante é você se levantar e seguir em frente sempre seguindo suas próprias convicções. Você terá momentos difíceis, mas você terá momentos bons, e são esses os momentos que farão com que sua vida seja radiante.

The Light in Your Eyes é um drama que assisti em muito pouco tempo e que entrou em meu hall de favoritos, pois ele reúne uma narrativa incrível e que nos faz ficar cada vez mais instigadas para saber a conclusão dessa linda história de amor. Para as pessoas que gostam de melodramas e de narrativas reflexivas, indico que assistam a este drama, principalmente se já assistiu Dear My Friends (2016) e gostou, pois ‘Radiante’ é um drama que se assemelha com ele em muitos aspectos, a diferença é neste drama há o desenvolvimento de um romance abertamente, já em Dear My Friends não houve. Assistir este drama é como entrar em uma montanha-russa de emoções, você vai do riso ao choro, da alegria a tristeza e da culpa a gratidão. Após sair de várias turbulências, as quais você sentirá que levou um ‘tapa na cara’, você se sentirá feliz por saber que pode enxergar um pouco lado da vida humana. Como diz no drama “Um dia comum passa e outro dia comum surge, mas a vida ainda vale ser vivida. Não deixe que o passado de arrependimentos e o futuro de ansiedade estraguem o presente. Ame o hoje radiantemente, você tem esse direito”. Terminarei esta resenha com o desejo de que vocês assistam a este drama, pois ele é lindo e significativo.

Para conferir tirinhas deste drama clique AQUI

Alice Rodrigues

Estudante de Comunicação social – Jornalismo, e atuando como social media, criadora de conteúdo digital e assessora de imprensa. Além de amar conhecer novas culturas, é viciada em ler e ouvir inúmeros podcast de assuntos variados. Dorameira desde de 2016, adora acompanhar e analisar narrativas e conteúdos que fazem parte da criação de um drama (elenco, filtros usados, fotografia, simbologia das cenas e outros).

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