Start-Up: Impressão semanal – episódio15

Chegamos final de Start-Up, bom, não exatamente o final levando em conta que ainda temos um episódio pela frente, como na enquete vocês disseram que desta vez preferem o texto separado, hoje será a nossa penúltima impressão deste drama, focando apenas nas conclusões que tivemos do décimo quinto episódio, e já lhes adianto, não é porque separamos que o texto se tornará menor kkkk. Antes de iniciar a impressão queremos fazer um desabafo com vocês, as vezes olhamos os comentários das nossas postagens e até mesmo em outros igs que seguimos que falam sobre o drama e ficamos nos perguntando se estamos assistindo o mesmo drama, são tantos comentários ruins em relação a ele, alguns como “deveriam refazer porquê fizeram errado”, “o drama se perdeu” ou “tal personagem carregou o drama”, sabemos que é uma questão de opinião, no entanto, o questionamento sobre as interpretações sobre ele sempre chegam na gente. Existem questões que sempre ficam batendo na tecla, sendo que já foram explicadas dentro da própria narrativa, como a questão das cartas, muitas pessoas dizem que eles trocaram cartas durante os quinze anos, pelo nosso entender da história, elas haviam parado no momento em que ele foi para faculdade, por esse motivo a Dal-Mi sempre afirmava que ele tinha sido o primeiro amor dela e outros fatos, tanto que por muito tempo ela não volta ao lugar onde eles trocavam cartas. (Ai entra questão, estamos certas sobre o que entendemos sobre as cartas, ou em algum momento eles AFIRMAM que eles trocaram cartas durante todos os quinze anos?).
Neste episódio, assim como os personagens validam o potencial da ideia do carro autônomo, através da cena do teste início (cena que ficamos muito felizes com os membros da Samsam Tech), eles também validam os seus sentimentos, podemos estar enganadas, mas na nossa interpretação, se o episódio 13 mostrou a zona de conforto e o episódio 14 mostrou o discurso de elevador e o processo de mudar de ideia e se locomover, o episódio 15 mostra a validação, a confirmação e o esclarecimento, no sentido que eles passam a entender sua posição na história, os problemas e antes do final o drama resolve alguns conflitos, deixando outros em abertos para continuar no próximo episódio, de forma simples o drama caminha para mostrar o resultado da jornada na vida dos personagens e o que faz sentido para a vida deles.
O “navegar sem um mapa” é trazido à tona novamente na narrativa no momento que os três personagens se encontram no elevador da Sandbox, o clima que paira ali é desconfortável, afinal, a história ressalta novamente a rivalidade, elemento que não aprovamos, de Ji Pyeong e Do-san perante a uma Dal-mi que não entende profundamente o porquê do choque dos dois personagens. No entanto, é também um momento bem esclarecedor, já que consegue mostrar a personalidade divergente do Do San e do Ji Pyeong, enquanto o primeiro é movido a emoção, sem se importar com probabilidades de acertar ou errar, o fato dele poder ‘navegar sem uma mapa’ o encanta depois da primeira vez que ele experimentou, afinal, as vezes, arriscar é melhor do que ficar parado esperando acontecer, fracassar pode trazer aprendizados. Já o segundo, é mais ‘centrado’, ele é movido aos fatos concretos, onde, só tenta fazer algo, quando tem plena certeza de que dará certo, e por conta desta incerteza de seguir adiante (mesmo com um ‘mapa’ em mãos) ele se torna fraco por sua cautela, e acaba ‘perdendo’ por sempre ver as variáveis antes de ir atrás (não estamos dizendo que isso é errado, longe disso, ele está certo em desconfiar e pensar nas possibilidades, no entanto, a vida não é regida por analise de possibilidade).
Logo, é possível ver uma validação dos sentimentos dos dois personagens no momento do elevador, a conversa no elevador é como se fosse uma analogia ao percurso vivido pelos personagens até então no drama, bem como arriscamos a dizer que é perceptível também um esclarecimento no porquê ambos os personagens chegaram no ponto em que estão nesse momento da narrativa, o Do-san arriscou, caiu e se levantou com o costume da sua imprudência, se machucou, mas aprendeu a conviver com seus sentimentos e a não se arrepender, o Ji Pyeong pouco arriscou e mais ponderou com medo de morrer na maré. Quem realmente encontrou algo maravilhoso no fim? Start-Up é uma lição sobre as decisões que tomamos na vida e como moldam o ponto em que estamos, o ponto em que cada personagem está no enredo, o que ele passa, é fruto de suas ações, de sua própria personalidade e do passo dado com convicção.
Ademais, no momento do elevador temos uma Dal-mi que parece reconhecer também as formas de pensar entre esses dois personagens e validar seus sentimentos pelo Do-san, na nossa opinião ‘o confronto no elevador’ também mostrou um Do-san que parece entender de forma mais profunda o que a Dal-mi quis dizer na carta, talvez um Do-san mais conectado com os sentimentos da personagem, e uma Dal-mi que aprendeu a adquirir cautela, como os próprios dizem na conversa do corredor. Uma Dal-mi mais cautelosa do que três anos atrás e um Do-san mais forte, mas o questionamento que muitos dirigem em relação a esse episódio é “E o Ji Pyeong? Ele não sofreu nesse episódio e no drama inteiro?” acredito que vemos mais adiante um Ji Pyeong que reconhece suas fraquezas, mais empático, que está se machucando e aprendendo com os erros, um Ji Pyeong que evoluiu e a cena na casa do Do-san mostra muito bem isso na nossa concepção.
Assim, o elemento das cartas na cena da casa é posto novamente em perspectiva, é notório que ambos os personagens possuem um sentimento de apego em relação as tais cartas, o Do-san fica claro na cena que ele não quer devolver a carta, já que ela ‘fala’ com ele desenvolvendo uma vontade dele ser a pessoa que a Dal-mi ama, o Ji Pyeong não quer que o Do-san fique com elas, pois, elas são a única coisa que o une a Dal-mi, as sequência de cenas na casa do Do-san mostram que apesar de divergentes, ambos os personagens possuem um sentimento que os une, que não é uma mera rivalidade amorosa apenas, mas uma sensação de insuficiência. Decorrente disso, sucede o momento que ambos os personagens confessam sentirem inveja um do outro, ambos tem um ponto na ‘felicidade’ que o outro não conseguiu atingir, quando o Ji Pyeong viu o Do-san ganhando o prêmio com sua família ao lado, repare que Ji Pyeong confessa ter usado o nome por sentir inveja da relação familiar do Do-san, já o Do-san externaliza dizendo que não sentiu inveja das coisas materiais do Ji Pyeong, mas dele ter o gostar da Dal-mi e ter as cartas para si.
Quando ambos externalizam suas fraquezas um para o outro, fica claro que o Do-san sente que a Dal-mi gosta apenas das mãos grandes dele e nada mais, mas também é notório o processo de enxergar o outro e a si mesmo que Ji Pyeong e Do-san passam nesse momento. Ao achar que a Dal-mi gosta só de suas mãos, Do-san denota que o inimigo dele é ele mesmo, concomitante a isso, Ji Pyeong percebe que a Dal-mi gosta de mãos grandes por serem as mãos do Do-san, ele tem a prova concreta que ela gosta do outro e por mais que ele tenha as cartas ou a planta e até mesmo que ele tenha as mãos grandes e todos os aparatos necessários, ele simplesmente não é quem ela gosta e isso acontece.
Mas, acima disso, ousamos dizer que nesse momento Ji Pyeong também parece perceber, principalmente na cena que ele ver o Do-san na cozinha sendo gentil, que o Do-san não é o inimigo dele, que não é o rival que tirou algo dele, que o inimigo dele é ele próprio. Nesse ponto, o menino bonzinho toma a decisão de oferecer um conselho para o Do-san, uma decisão que talvez venha a simbolizar pelo personagem a aceitação dos sentimentos que Do-san e Dal-mi tem um pelo outro, mas também a validação de sua própria posição na história e o caminho para deixar as lembranças e o amor no passado, mas quem sabe também um passo para o próprio Ji Pyeong começar a se arriscar mais na construção de laços com outras pessoas. Esperamos no próximo episódio que Ji Pyeong e Dal-mi tenham um confronto direto, que ambos os personagens tem de certa forma evitado, um mais que o outro, que externalizem o que significaram um para o outro no passado e que Ji Pyeong, por mais que tenha se machucado no episódio 15, siga em frente entendendo que fracassar faz parte da vida.
Como já citado, este episódio traz a resolução de problemas, como o casal principal (que não é exatamente um problema), algumas pessoas já tinham uma interpretação sobre quem seriam os integrantes (principalmente por conta de desenvolvimento romântico até o momento e com a divulgação do drama até então. Tem chance de surgirem com um plot twist do nada e mudar isso? Talvez, no entanto, é extremamente improvável, principalmente por Start-Up não ser um drama que traz essas mudanças), e a cena onde eles voltam a ser um casal, admitindo seus sentimentos é um momento muito bonita, a forma como o sentimento deles sobressai a lembranças passadas com outras pessoas e magoas entre eles, e algo que consegue captar a emoção e mostra que o fator ‘gosto de você’, não precisa de um motivo propriamente dito, mas sim, de ações do dia a dia, são estas pequenas ações que fazem com que um sentimento cresça e evolua. O fato da Dal-Mi estar segurando o papel onde contém o desejo do Do San, mostra que um deles se tornou realidade já que o maior desejo do Do San quando entra na Sandbox era ‘transformar o mal entendido em realidade’, e assim como ele diz no epílogo, ele queria ser “O prêmio, o orgulho, o sonho, o conforto e as asas” da Dal-Mi, sendo ele mesmo, e de fato ele realiza tal desejo.
Sobre este mesmo momento, existem muitos julgamentos sobre a escolha da Dal-Mi, ‘abandonar quinze anos por três anos’, as pessoas que comentam isso tem que começar a entender a proposta inicial da trama, que ao nosso ver é: mostrar que no amor existem vertentes, onde ele por ser confundido em uma idealização e ele pode surgir aos poucos através do apoio continuo, ‘a, mais o JP também a apoiou’, sim, ele a apoiou e ai que entra o maior fator de todos, o amor, ela se vê apaixonada pelo Do San, o fato dele estar sempre apoiando as ações e escolhas dela e estarem na mesma frequência, faz com que ela se apaixone mais e mais, e isso é algo comum, a vida é assim, as pessoas sofrem e curtem, a vida é expresso de aprendizado, cada ação e escolha resulta em algo.
Outra personagem que também vemos a validação de sentimentos é a In-Jae, de início ela sempre era relutante para se aproximar da Dal-Mi e de sua família, no entanto, esse episódio prova o contrário, ela consegue dar um passo para fora de sua zona de conforto, tira o nome do padrasto, cortando todas as relações e começa a mostrar uma maior proximidade entre ela e a Dal-Mi. O fato da In-Jae olhar para a logo da Sandbox e admitir que aquela criança é a Dal-Mi, até mesmo fazer brincadeiras com ela sobre a aparência, mostra o grande salto que essa personagem vez, poderia ter sido um desenvolvimento maior? Claro, sempre dá para melhorar, no entanto, o caminhar dela é interessante, é regado de aceitação, arrependimento e aprendizagem.
Logo, vemos os personagens mais realizados profissionalmente com a questão do carro autônomo, vemos a Dal-mi mais feliz com o que escolheu fazer “o outono chegou para ela“, observamos também uma Dal-mi que pondera lados antes de tomar uma decisão, mas que no fim opta em tentar novamente, notamos também à espreita o grupo Morning trazendo um obstáculo no caminho dos personagens e da realização completa dos seus sonhos. Concluímos assim, que para nós foi um episódio muito bom, coerente com o que foi apresentado na história pela história até então e com o caminho que o enredo resolveu trilhar desde o início, um bom episódio preparatório para o final, já que resolveu alguns assuntos e deixou outros em aberto para concluir (esperamos), um episódio que, como dito anteriormente, marcou a validação e a escolha de todos os personagens resultante do tipo de locomoção feita por cada um.
Aproveitando o momento sobre toda a concepção da história não ser assistida da mesma maneira, e até mesmo fazendo um link com nosso desabafo anterior, queríamos falar sobre determinados comentários que recebemos, quando fazemos uma pergunta na legenda e vocês a respondem no comentário, nós não vamos passar por sua mensagem e apenas curtir ignorando o conteúdo dela, nós duas temos uma política de que independente se concordamos ou não com o comentário, a pessoa MERECE uma resposta ao que disse SEMPRE, então, quando a gente responde a vocês, reafirmando a nossa opinião da legenda ou algo neutro, nós estamos exercendo o direto de uma resposta de vocês, no entanto, parece que algumas pessoas não gostam, e acham que o fato de não concordarmos com ela, ou até mesmo de responde-las é um ataque a sua opinião, e não é! A que só precisava falar isso porque em algum momento todo mundo cansa, e receber este tipo de comentário realmente faz com que a gente desanime. Acredito que essa foi uma das impressões mais difíceis que escrevemos por conta de bloqueio que ler esses comentários ocasionou, passamos horas tentando formar um parágrafo, então, caso tenhamos deixado de comentar sobre algo, ou o texto não tenha ficado ‘tão bom como de costume’, pedimos perdão a vocês com a promessa de nos esforçarmos mais no próximo (principalmente por ele ser o último).
Texto de Start-Up por: Alice Rodrigues e Brenda Mendes
Imagens: Reprodução/tvN