Start-Up: Impressão semanal – episódio 16

Oi pessoas como vocês estão? Imagino que cheias de saudade por conta do fim de Start-Up e de certa aliviadas porque o fim pode vir a trazer o fim das discussões chatas e o ódio para cima dos atores. Confesso que é um alívio kkkk, ainda assim, já estamos com o coração cheio da saudade desses personagens maravilhosos e NECESSÁRIOS. Logo aqui precisamos deixar claro que amamos o último episódio, e de certa forma, ele conseguiu se encaixar com todas as nossas ideias sobre os personagens até então, com isso, foi um lindo final.
Start-Up não foi o melhor drama do ano na nossa opinião, mas foi significativo e marcante o suficiente para ter uma posição grande em nossos corações, muitas opiniões divergentes surgiram e podemos trocar ideias e compartilhar perspectivas distintas e iguais também, e ficamos mais próximas de muitos seguidores de certa forma, a jornada dos personagens em Start-Up foi a nossa jornada também. Esse texto está sendo escrito de forma saudosa, mas também com emoção e um quentinho no coração, que só as histórias que nos inspiram podem proporcionar e de antemão, para nós, o tão esperado e temido episódio final foi inspirador com gostosinho de quero mais.
O título do episódio final denominado “Expansão: abra um negócio” remete, em um primeiro momento, ao novo objetivo que os personagens da Samsan Tech delineiam em seus caminhos, eles decidem que querem expandir a empresa. Mas, como sempre fazemos, além de ver o termo “Expansão” como um jargão do mundo das Start-ups, notamos que o termo muito se aplica ao que é apresentado sobre a jornada feita pelos personagens. O episódio 16 mostra personagens que atingiram determinado crescimento, tanto profissionalmente quanto nas questões pessoais, eles começaram pequenos com seus erros e desvios no caminhos, com suas inseguranças e com sua forma de olhar para vida seja imprudente demais, seja insegura demais, seja fechada e solitária demais, seja fria, de uma forma ou outra, podemos encontrar pontos que eles melhoraram, não se tornaram perfeitos obviamente, gostaríamos de ter visto mais de alguns deles, mas notamos algo, uma mudança por mais sutil que seja.
O episódio é sobre personagens crescidos, mas que estão se expandindo ou prontos para se expandirem mais ainda, para alargar suas possibilidades, quando os seus sonhos principais são atingidos, nota-se que novos sonhos surgem, resultantes do processo de expansão que é a vida. É um episódio sobre sonhos e sobre a resolução de algumas questões internas dos personagens, mas é um final que também marca um retorno ao início, um retorno para onde os sonhos começaram, algumas cenas durante o episódio evidenciam essa constatação claramente, como quando o trio da Samsan Tech volta ao lugar que a empresa começou, que seus sonhos iniciais foram traçados, ali eles se deparam com três garotos que muito parece com eles três no passado, assim, enquanto alguns sonhos se finalizam e são realizados outros sonhos começam, há nessa cena assim como em todo o episódio um sentimento de gratidão pulsante a todo o caminho que trilharam e, sobretudo, a nostalgia paira também nesse momento. Outra cena que marca esse retorno ao início, é quando o pai do Do-san pega a placa da Samsan Tech para si, mostrando que ele aprendeu com a jornada e que o passado pode vim a ser um bom ensinamento. A volta ao início pode ser vista em muitas outras cenas e confrontos ao longo do episódio que aqui vamos tentar comentar, é um retorno que cumpre seu papel de mostrar como esses personagens não são os mesmo que antes, que faz um ótimo comparativo com o eu deles no passado e o eu deles atual, os sonhos deles no passado e os sonhos deles no presente.
O episódio de hoje consegue mostrar o crescimento dos personagens de uma forma abrangente, enquanto os protagonistas (e alguns outros personagens) atingem seu ponto máximo na sua jornada profissional, os coprotagonistas mostram o seu crescimento emocional, tudo que eles vinham reprimindo com o tempo, que eram os sentimentos, são expostos de uma forma doce e emocionante. O ponto alto da jornada de trabalho da equipe, é mostrado quando o jornalista vai atrás deles na intenção de acabar com a Start-Up, e o Ji Pyeong se vê novamente correndo contra o tempo para poder os ajudar, no entanto, eles não precisam mais de ajuda, depois de tantos tombos, acabaram aprendendo a melhor forma para lidar com as situações a qual são sujeitados. Eles conseguem mostrar que apesar de passarem por muitos momentos ruins que quase fizeram com que desistissem, podem fazer daqueles momentos uma aprendizagem para que não aconteça novamente.
Já o ponto alto emocional é protagonizado pelos personagens In-Jae e Ji Pyeong. A In-Jae, neste último episódio, conseguiu que ficássemos ainda mais emocionadas com ela, as cenas que ela protagoniza nos deixa extremamente feliz, uma delas sendo aquele momento lindo onde ela finalmente dá seu salto de coragem e se reconcilia com sua família, aquele momento não tem como não chorar, a emoção de uma avó de frente para sua neta, e a neta se relacionando e finalmente podendo estar ao redor de braços reconfortantes como o sua avó e poder voltar a um lugar que fez parte de sua história em momentos tão bonitos.
Outra cena que encanta é o seu confronto final com o padrasto, o momento em que ela pergunta a ele o motivo de ter sido despedida e ele responde “achei que, se a expulsasse, você ficaria mais obediente e voltaria”, e nisso ela percebe que o fato dela nunca ter sido ‘obediente’ foi benéfico para ela própria, ela seguir os próprios sonhos e vontades lhe rendeu mais frutos, com isso, ela consegue encerrar a relação agradecendo a ele por tudo que ele conseguiu transmitir a ela enquanto viviam juntos. Após esta cena, há uma onde ela está conversando com o Yong-San, naquele pedido de desculpas eu me vi no lugar dele, no primeiro episódio ele faz aquela pergunta a ela, e a julga, que por acaso foi a mesma coisa que eu fiz, ela realmente era incompreendida no início e ela vai se abrindo, assim como o Yong-San, eu a julguei por saber superficialmente sobre ela, e no fim, com seu amadurecimento. Percebe-se que o fato dele ter feito aquele comentário para ela, acaba a impulsionando a fazer escolhas diferentes e agrega em sua jornada de autodescoberta. Por conta da sua personalidade forte ela acaba sendo confundida com uma pessoa má, no entanto, ela é apenas uma pessoa que faz escolhas e se arrepende, ela erra e acerta, afinal, ela é um ser humano.
Já o Ji Pyeong, traz o sentimento do pertencer e do apoio, até mesmo um sentimento de gratidão. Este personagem que sempre foi uma pessoa sozinha, pode receber um apoio daquela que sempre o ajudou, ele teve alguém que o deixasse chorar em seus ombros ao invés de continuar chorando sozinho, ele se apossa do seu espaço no coração da vozinha e deixa com que ela ultrapasse a barreira imaginária que ele havia criado. E o momento em que ela diz a ele que ela sempre estaria lá por ele, independente se estivesse em um momento bom ou ruim, encanta a todos, assim como ele chorava eu chorei, por ver ele conseguir algo que sempre vi que o drama tentava passar que ele necessitava, um abraço sincero.
Ji Pyeong teve momentos bem interessantes neste episódio, a decepção ao saber que não precisariam mais dele, o alivio e a compaixão ao ter noção de que ele tem sim alguém para dividir seus momentos e que se orgulha do caminhar dele, e por fim, mas não menos importante, a gratidão pelos momentos que viveu, existem dois momentos interessantes onde podem ser comprovados sua gratidão, começando com a conversa dele com a Dal-Mi no terraço, nota-se que quando ele diz a ela “eu não tinha amigos, suas cartas foram meu conforto” a fala está regada de gratidão pelo momento que viveram, não há mágoa ou rancor pelo passado, não há tristeza, há gratidão pelo momento. Assim como o momento em que ele e o Do San conversam, obviamente a constrangimento de sua parte, no entanto, também há a gratidão e um clima de recomeço, como se ambos personagens tivessem perdoado a si mesmos. Ji Pyeong acaba voltando ao seu início diversas vezes durante o episódio, para que assim, tanto o telespectador, quanto o próprio personagem conseguisse entender o seu avanço e quais foram os motivos para seu crescimento, em seu começo ele achava que o importante era apenas as conquistas próprias e o valor material das coisas, mas no final, ele consegue enxergar o valor emotivo das coisas, como no momento em que ele ajuda através de um investimento pessoal a Start-Up para os órfãos, não é uma causa onde ele investiria há três anos, porém, neste momento ele consegue ver o quão benéfica essa Start-Up pode vir a ser.
Do-san e Dal-mi mostraram a resolução de seus conflitos internos no episódio passado, esclarecendo suas questões amorosas e seus sentimentos, nesse episódio a cena de retorno da Dal-mi nesse sentido mais pessoal e amoroso é a, já mencionada, quando o Ji Pyeong conversa com ela sobre o passado, no entanto, é mais uma cena sobre o Ji Pyeong do que sobre a Dal-mi. O que vemos da Dal-mi nesse episódio que marca a jornada de retorno ao início e seu crescimento nas questões profissionais, e seu notório desenvolvimento como uma verdadeira CEO, a Dal-mi ao longo de todo o drama veio tentando se aprimorar profissionalmente no meio de tantos erros e acertos, ela sempre voou no balanço da forma mais alta possível e raramente teve medo de cair a fim conseguir seus objetivos. Quando a Dal-mi pega seu post-it com o seu sonho que ela escreveu “Quero pegar o elevador para os andares de cima”, ali está seu retorno ao início, onde seus sonhos começaram, e como começaram, ali está nostalgia e a gratidão exemplificada. Outrossim, acho bonito o nome da empresa que ela preside também ser fruto dessa origem, e mais bonito ainda a cena que o Do-san pergunta até onde ela almeja que o Tarzan cresça, e Dal-mi responde colocando seu objetivo mais alto ainda, ela leva o balanço para o mais alto ainda soando até impossível e retorna novamente ao início de sua trajetória afirmando que deseja que acidentes como os que aconteceram com seu pai possam ser evitados e acessibilidade para deficientes visuais como sua avó.
Pode soar até absurdo, mas se a Dal-mi é o balanço, o Do-san é areia embaixo que amortece a queda, que apoia e oferece sua mão para a acompanhar e a ajudar alcançar seus sonhos, o Do-san é o amor da Dal-mi porque há ali um sentimento concreto, ele é o amor da Dal-mi, pois buscou e cultivou esse amor. A cena deles dois rezando na igreja é inspiradora porque a tenacidade da Dal-mi é, ela diz “Reze primeiro e depois realize” “Nada é impossível. A gente é capaz de tudo”, esse clima de ambos confiantes em buscar seus sonhos era tudo que precisávamos ver e não sabíamos. O que complementa esse momento é o arco-íris no céu simbolizando que as realizações mais maravilhosas ainda os espera, que eles são realmente capazes de tudo, e ao navegarem sem um mapa, e seguirem seus corações, eles encontraram um arco-íris e vão encontrar mais outros. Por fim, outra cena que merece ser comentada que ambos protagonizam é quando a Dal-mi coloca outro post it no lugar da Sandbox que afirma “Quero mudar o mundo”, é uma renovação dos sonhos e uma expansão.
O clima do espaço de post-it nos minutos finais inspira porque simboliza que todos temos sonhos, cada um tem o seu, da sua maneira e do seu jeito, sem julgar, o que basta é sonhar e Start-up motiva a sonhar, mostra que realizar não é fácil, mas que nada é impossível, que os sonhos crescem junto com a gente. Assim, quando o epilogo chega e notamos as fotos, eles todos realizados à sua maneira, os sentimentos mais marcantes em nós duas é plenamente orgulho, gratidão, felicidade, e o casamento saiu! Mas acima disso, todos aparentam estarem bem.
Logo, foi um episódio final tranquilo que marcou o fim da jornada de personagens que eram vilões deles mesmos, pois com todas as suas fraquezas precisavam no início da jornada crescer, personagens que nos vimos em muitos momentos incapazes de julgar, pois passamos a lidar com eles como pessoas e não meramente configurações de um roteiro, personagens que na nossa opinião, apesar de “poréns” racionais na história, ganharam o devido espaço em nossos corações e de certa forma trouxeram a fatia da vida, das escolhas, dos sonhos e dos negócios para perto de nós. Essas impressões terminam aqui com esses comentários plenamente emocionais, o que é a vida sem a emoção? O que é vida na eterna zona de conforto?