Vale a pena assistir Playful Kiss? Analisamos o k-drama da garota apaixonada e do gênio arrogante!

Vale a pena assistir Playful Kiss? Analisamos o k-drama da garota apaixonada e do gênio arrogante!

Há dramas que se tornam lembrados não pela qualidade do roteiro, mas pela onda cultural que geram, e Playful Kiss é um desses casos. Embora tenha registrado baixa audiência na Coreia, conquistou um público fiel no exterior por ser um remake do mangá de sucesso Itazura na Kiss, uma trama de sucesso entre os fãs de histórias românticas do início da década de 2010.

Hoje, mais de dez anos depois, surge a pergunta: a história de Ha Ni e Seung Jo ainda conquista corações ou ficou presa no seu tempo?

O conto adolescente que encantou uma geração

Em 2010, o formato “garota comum + garoto perfeito” estava no auge e Playful Kiss abraçou esse clichê com entusiasmo: Ha Ni é a heroína estabanada, determinada a conquistar o amor de Seung Jo, um estudante brilhante, bonito e socialmente distante. Entre desentendimentos e situações exageradas, a série constrói uma comédia romântica juvenil que, à época, era consumida como puro entretenimento escapista.

A atmosfera é leve, as situações são caricatas e o enredo segue uma cartilha previsível de romance colegial. Para quem assistia na época, isso era justamente o charme.

O que Playful Kiss ainda tem de especial?

1. Apelo nostálgico

Para quem começou nos k-dramas nessa era, rever a produção é como voltar no tempo — dos uniformes escolares aos diálogos exagerados.

2. Comédia despretensiosa

A leveza do tom pode agradar quem busca algo totalmente livre de tensões sérias, funcionando como um passatempo sem grandes exigências.

3. Curiosidade de adaptação

É interessante para quem quer comparar as diferentes versões de Itazura na Kiss feitas ao longo dos anos em outros países.

Mas… por que talvez não valha a pena hoje?

1. Dinâmica de relacionamento problemática

O romance é construído a partir de humilhações constantes, rejeições repetidas e comportamentos cruéis do protagonista, tratados como charme. Hoje, esse tipo de representação soa ultrapassado e desconfortável.

2. Protagonista feminina excessivamente submissa

Ha Ni não evolui de forma significativa e passa a maior parte do drama moldando sua vida para agradar Seung Jo, sem desenvolver independência e autoestima.

3. Trama rasa e previsível

O enredo é linear, sem surpresas, e depende quase exclusivamente de situações clichês. Em 2025, com produções mais criativas e roteiros mais densos, essa simplicidade pode se tornar entediante.

E o veredicto é…

Em 2025, Playful Kiss dificilmente se sustentará além do valor nostálgico. O romance central envelheceu mal, com dinâmicas tóxicas e personagens pouco desenvolvidos, tornando a experiência mais frustrante do que encantadora para quem busca um relacionamento saudável na ficção.

Assistir hoje é revisitar um relicário do início dos anos 2010: curioso para entender o que fez sucesso na época, mas cansativo e desconfortável para quem espera uma história que converse com as sensibilidades atuais.

Logo, não vale a pena, a menos que seja por pura nostalgia ou interesse histórico nas adaptações de Itazura na Kiss.

Alice Rodrigues

Estudante de Comunicação social – Jornalismo, e atuando como social media, criadora de conteúdo digital e assessora de imprensa. Além de amar conhecer novas culturas, é viciada em ler e ouvir inúmeros podcast de assuntos variados. Dorameira desde de 2016, adora acompanhar e analisar narrativas e conteúdos que fazem parte da criação de um drama (elenco, filtros usados, fotografia, simbologia das cenas e outros).

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