Gelboys: as cores da geração Z em estética e sentimentos

Quando Fou4Mod (New), um adolescente descolado, decide pegar o BTS — o metrô da Tailândia — para ir à escola, ele cruza o caminho de Chian (Pide), um veterano charmoso que logo demonstra interesse nele. Entre flertes, beijos roubados e horas dedicadas a fazer as unhas de gel juntos, Fou4Mod percebe que seus sentimentos por Chian estão crescendo. O problema? Chian não parece disposto a levar nada a sério.
A verdade é que Chian também tem os olhos voltados para Bua (Leon Zech), seu amigo próximo e tiktoker, que ele sempre convida para compartilhar o ritual das unhas. Sentindo-se apenas mais uma peça no jogo de Chian, Fou4Mod decide revidar — e começa a chamar seu próprio amigo, Baabin (Pj), para acompanhá-lo nas sessões de nail art.
Na trama de Gelboys, as unhas de gel são o conceito principal da história, o foco está em garotos (boys) e unhas de gel (gel), o BL tailandês deseja contar a história de quatro garotos na adolescência que frequentemente fazem unhas de gel e se intitulam de Gelboys. Parece uma proposta simples demais quando resumo dessa maneira, mas é por trás dos sentimentos e estética que toda uma geração tem suas cores destrinchadas na narrativa.
Em outras palavras, Gelboys realiza a proeza de discutir as facetas do que é ser um adolescente nos dias atuais, das vivências adolescentes, não à toa a sinopse pode parecer um pouco boba e até irritante para quem prefere tramas sem triângulos amorosos ou coisa do tipo, mas quando o drama vai mergulhando na sua essência, entendemos a necessidade de construir histórias que incorporam a tão necessária dose de realismo. E já adianto dizendo que talvez nem uma outra produção asiática tenha sido tão certeira em fazer o retrato da geração Z como esse BL foi.

A geração Z é o grupo de pessoas nascidas entre 1995 e 2010 (mas isso varia dependendo da fonte), é a geração que cresceu com o mundo digital, a influência da internet e das redes sociais. Logo, em Gelboys um dos pontos mais interessantes é como a trama introduz toda essa dinâmica das redes sociais e da internet, Assim como os jovens de hoje em dia, os personagens estão sempre conectados, os celulares sempre à mão e as redes sociais são constantemente usadas para expressarem seus sentimentos, seja gravar um vídeo de tiktoker como expressão de um relacionamento próximo, stalkear o crush nas redes sociais, compartilhar fotos pelo airdrop, paquerar por meio de uma playlist do spotify ou inserir o crush nos melhores amigos Todas essas ações são utilizadas na trama para retratar os personagens e mostrar como toda uma geração se comunica.
Assim, a experiência de assistir adolescentes estabelecendo conexões românticas no mundo em que vivemos, mas também visualizar como eles expressam suas emoções por meio das redes sociais e como elas interferem nas suas formas de sentir e agir foi muito significativa, e também como se eu estivesse conhecendo um mundo novo. Veja só, em teoria, eu sou Gen Z, nascida em 1999, mas também estou naquele grupo que não se sente inserido totalmente em nenhuma das gerações. Ao mesmo tempo que podia entender muitas das formas que os personagens se sentiam e expressavam, existiam coisas totalmente novas para mim.
Então, também pude aprender muita coisa ao assistir e refletir sobre as conexões humanas na contemporaneidade — a forma como um simples like pode mudar tudo para eles ou como a ansiedade gerada pelas redes sociais se faz constante. A todo momento, os personagens estão checando seus celulares, acompanhando cada movimento do outro, sentindo o peso de uma única mensagem que pode transformar tudo. E, em meio à confusão, buscar conselhos com o ChatGPT parece mais fácil do que recorrer a alguém próximo.
Algumas críticas que vi a Gelboys diziam respeito a como faltou conversas cara a cara entre os personagens, e sim, eu gostaria de ter visto mais delas, mas não é isso que a Gen Z é? Não é assim que as pessoas de hoje em dia se comunicam? Em Gelboys muitas das conversas significativas ocorrem pela tela do celular, retratando como é complicado expressar os sentimentos na sociedade que vivemos, como os jovens acham mais fácil mandar uma mensagem ou se expressar por elas. Isso cria uma distância nas comunicações, uma efemeridade nos laços, mas também mostra outra perspectiva sobre a forma que as relações estão se estabelecendo.
O BL mergulha o público no mundo digital que vivemos por meio de uma perspectiva externa, mas também interna. Para se ter ideia do cuidado da direção com isso, além de todos os detalhes já citados, a inserção das redes sociais ocorre de forma integral, em vez de apenas vermos os personagens mexendo no celular, acompanhamos as telas e interações nas mídias sociais como planos completos, criando a sensação de estarmos nós mesmos acessando essas redes.
No entanto, não são apenas as redes sociais e o “estar sempre conectado” que se tornam focos da trama. A obra trabalha com o aspecto visual em sua totalidade. A Geração Z, por si só, é muito visual, e isso se reflete na comunicação por meio de imagens, vídeos e conteúdos gráficos, mas também na estética dos personagens do drama. Assim, as roupas são descoladas, com uma pegada retrô, mas, acima disso, os figurinos estão alinhados com a personalidade de cada um, reforçando sua autenticidade. Estampas chamativas, capinhas de celular coloridas, acessórios diversos, cores vibrantes, peças oversized e roupas vintage formam um mix de estilos que surge na trama como uma expressão dos personagens e de sua liberdade. As escolhas de vestuário não se prendem a gêneros, brincando com elementos tradicionalmente considerados femininos e masculinos, valorizando a autoexpressão.
Isso é mágico. A forma que Gelboys utiliza da estética para contar sua história enriquece a trama e denota como o diretor se preocupou com cada detalhe. O BL em si emite essa vibração retrô e moderna ao mesmo tempo, uma mescla perfeita. Os cenários permitem mergulharmos nas ruas de Bangkok enquanto os meninos saem da escola, quando vão se divertir com os amigos, quando comem uma comida de rua, compram roupas, quando dançam em grupo ou de frente para um celular, pegam o metrô, existe uma efervescência de vida, de agitação e movimento. Por meio disso, é mostrado um mundo diverso em que os jovens vivem e estabelecem relações. A Siam Area – o distrito comercial mais popular da capital com vários shoppings centers e lojas – é onde a maior parte da narrativa toma de cenário, é possível capturar a movimentação, a cultura, a paixão e a forma como os jovens da geração se comportam. Tudo está ali. É uma imersão preciosa no cotidiano de Bangkok, na pluralidade e singularidade da cidade de forma real e autêntica.

Ao mesmo tempo que é uma trama simples e real, o drama tem um maximalismo notório, seja nas roupas dos personagens, mas também nos espaços que eles vivem. Os quartos são bastante mostrados na obra, eles estão sempre cheios de elementos, roupas, pôsteres, produtos, objetos que refletem a personalidade do personagem, que representa a cultura pop e jovem (BLACKPINK disse alô), mas também o consumismo e a estética do BL. Existe um excesso, mas que serve para ocupar os espaços, preencher e enfatizar a identidade.
Tendo em conta todo o cuidado da direção com esses detalhes, as unhas de gel não estão na trama como um elemento solto, elas também possuem simbolismo e expressão. O próprio ato de fazer unhas de gel já revela uma forma de autoexpressão desses personagens. Os quatro garotos usam a aparência como forma de comunicação, as unhas de gel como um elemento estético servem como um canal para isso, e também mostram como os personagens não seguem estereótipos de gênero tradicionais. Existe uma característica andrógina no próprio fato de garotos fazerem unhas de gel, mostrando a flexibilidade e a fluidez que a trama deseja retratar. Em um BL comum, a masculinização dos personagens é quase sempre uma característica expressiva, em Gelboys, o próprio conceito de fazer unhas de gel, a forma como os personagens se vestem e se expressam, não permite que isso aconteça, eles são mais afeminados e, por isso mesmo, mais realistas, menos como se fossem retirados de um mundo de fantasia em que só existe um jeito de ser. As unhas de gel e outros elementos mostram uma desconstrução de padrões estéticos e sociais muito bem-vinda.
Logo, as unhas de gel se tornam a extensão dos sentimentos dos personagens na história. As unhas de gel como representação dos sentimentos ou como retrato do relacionamento que se estabelece entre os personagens, ao mesmo tempo que é também uma denotação real das tendências da geração Z. Isso fica evidente até nos próprios desenhos que os personagens escolhem para as unhas – desde aqueles exagerados, carregados de cores e formas, refletindo a efervescência de sentimentos e o desejo de ser notado, até os que servem como confissões silenciosas, pequenas declarações estampadas na ponta dos dedos. Há também aqueles que se repetem em pares, como um símbolo discreto de reciprocidade, uma tentativa de alinhar emoções através da arte.
Os garotos saem várias vezes para fazer unhas de gel no salão, mas quem eles chamam para fazer as unhas com eles também é uma representação das emoções complexas e intensas. Existe em Gelboys uma confusão de sentimentos dos personagens, e um jogo de conquista e disputa nítidos. Dito isto, não chamar para fazer as unhas de gel também denota um distanciamento naquele laço ou que o interesse está voltado para outra pessoa. A companhia que se escolhe para fazer as unhas também pode significar aquela pessoa com quem você deseja estar na presença, mas também pode simbolizar a única pessoa que estava livre no momento. Chamar para fazer as unhas também serve para despertar sentimentos românticos, mas também para provocar ciúmes, é tratado como um momento pessoal, íntimo e divertido.
Assim, as unhas sem fazer também podem denotar abandono, desistência ou frustração com os sentimentos, mas também muitas vezes os personagens deixavam de fazer as unhas como uma representação da espera, do momento em que seu crush ia chamar para isso. Há também imbricado nisso uma inquietação de sentimentos. Em consonância, as unhas de gel não duram para sempre, tem que chegar o momento de renová-las, esse momento também representa rebuliços nas relações dos personagens. Afinal, assim como as unhas de gel precisam ser constantemente renovadas, os sentimentos dos garotos também sofrem mudanças ou os acontecimentos também se alteram. É interessante como o drama utiliza o simbolismo da renovação da arte das unhas para expressar isso.

Em termos de escolhas da direção, a utilização de um plano de close nas unhas eleva a experiência de assistir, os focos nos dedos dos personagens e como a tensão sexual e romântica é criada a partir das mãos deles tornam as decisões da direção louváveis. Em outros momentos, as unhas de gel dos personagens são usadas até mesmo para transição de cenas ou para ilustrar a passagem de tempo na vida deles, já que quando a unha precisa ser feita novamente indica que passou algum tempo, dado seu tempo de desgaste.
Indo além de uma estética vazia, a história aborda as emoções, os relacionamentos, os conflitos internos dos personagens, e somos apresentados a um emaranhado de sentimentos complicados, que não são sempre fáceis do telespectador lidar ou entender, ainda mais para um adulto que há muito tempo passou pela adolescência ou um que nunca agiu como um adolescente e até mesmo aquele de uma geração diferente. Mas, eu dou uma salva de palmas para Gelboys, porque não é confortável assisti-lo, o primeiro episódio gera uma vergonha alheia sem tamanho, porque a imaturidade dos personagens está tão palpável, a forma bobinha que surge uma paixão ou as formas de agir típicas dessa fase da vida.
Muitas pessoas reclamaram disso na história, de apresentar adolescentes fazendo coisas de adolescentes, de mostrar um quadrado amoroso que, convenhamos, não é tão incomum nessa fase da vida: “Gosto de ciclano, mas ele gosta de beltrano, fulano gosta de mim e assim vai”. Para mim, esse é um dos maiores méritos do BL, mostrar adolescentes agindo como adolescentes, o que é mais irritante é assistir adultos agindo como adolescentes, mas mostrar personagens reais e falhos que estão nessa fase tão inicial da vida e não possuem maturidade emocional nenhuma é o esperado.
Não se pode cobrar que um adolescente tenha maturidade emocional como a de um adulto para lidar com os sentimentos, com as questões emocionais que surgem e com os problemas. Existe aquele brilho de querer viver tudo com uma intensidade máxima, o calor dos hormônios e a liberdade sem as pressões da vida adulta. Os personagens de Gelboys estão no momento de errar mesmo e erram, eles não são responsáveis, e estabelecem relações que não estão nos padrões saudáveis, a infantilidade e a imaturidade estão lá, mas também não posso me iludir pensando que a realidade não é assim, as pessoas também magoam umas às outras, às vezes as emoções são tão intensas que não se sabem como lidar e a maioria dos adolescentes é um pouco idiota. A adolescência é uma fase de crise de identidade e personalidade, de não saber, ainda mais quando não se tem uma base familiar sólida ou quando surgem tantas questões de autoaceitação, é isso que os garotos da narrativa estão vivendo.
Fou4Mod, um dos personagens mais intensos e contraditórios da trama, começa como um garoto ingênuo e imaturo, mas, no episódio final, já é visível sua evolução para alguém mais maduro, que aprende um pouco mais sobre se valorizar e a não se apegar a qualquer migalha de afeto. Chian entende sobre se valorizar, mas também sobre ter responsabilidade pelo afeto dos outros. Como um garoto solitário e inseguro, ele faz de tudo para chamar a atenção e também passa por sua evolução até o final. Buá, talvez o personagem mais misterioso, o qual eu estava mais curiosa sobre seus sentimentos, revela a carência, a dificuldade de autoaceitação e a busca constante por uma atenção que ele não tem em casa, tentando suprir isso no externo, em números de visualizações ou alimentando ilusões. Aos poucos, ele vai entendendo o que realmente importa. Baabin, o personagem mais doce, com sentimentos românticos genuínos, também passa por momentos de confusão e dor, pois se doar tanto para outra pessoa e esquecer de si próprio é perigoso, além de poder machucar os outros. Todos esses personagens estão imersos em temas comuns como inseguranças, a necessidade de atenção, o sentimento de solidão, o medo da rejeição e a falta de amor próprio. Quantos jovens por aí não enfrentam as mesmas questões? Provavelmente, agora, há muitos lidando com as mesmas dificuldades, ainda mais em um mundo tão saturado. Pensar nisso torna tudo mais tocante.
Para mostrar tantas questões em apenas 7 episódios, o diretor escolhe apresentar a perspectiva de cada personagem principal em um episódio. Isso significa que vemos o ponto de vista de Fou4Mod, de Chian, de Baabin e de Buá. Assim, quando julgamos demais um personagem, logo somos apresentados à sua perspectiva e começamos a entender um pouco mais sobre sua realidade e sentimentos. Os personagens não terminam o drama perfeitos, mas, ao longo da experiência, conseguimos compreender seus sentimentos, e eles também se entendem um pouco mais. Essa é a vida. E nem sempre você vai gostar de um personagem ou até mesmo aprovar suas atitudes; na verdade, é mais provável que isso não aconteça. Contudo, tem também aqueles momentos em que seu coração fica quentinho e que você é sugado para a tela.

A química entre os quatro personagens está fantástica, os momentos de intimidade são muito bem construídos e mostrados, tudo com sensibilidade, mas que também mostra urgência e delicadeza, e uma tensão sexual muito palpável, que não precisa de nada tão escancarado, mas que se constrói nos pequenos detalhes, que dá um friozinho na barriga, tem muitas cenas marcantes nesse sentido. A direção foi muito feliz nisso, mas também os atores atuaram muito bem em expressar essas emoções intensas, o mais impressionante é que o diretor fez questão de colocar rostos novos, alguns que nunca tinham atuado e que fizeram um ótimo trabalho.
Outra coisa sobre Gelboys é como os personagens se relacionam entre si, o drama introduziu um ponto que ainda não tinha assistido em uma produção asiática, as relações casuais, onde não há um compromisso sério. Essa representação é mais um elemento realista que a trama insere, denotando como a fluidez, flexibilidade, indefinição, incerteza, liquidez definem as formas de se relacionar dessa geração. Tudo se torna tão físico, mas tão palpável também, mesmo que possa escorrer pelas mãos a qualquer momento. No entanto, não é como se sentimentos verdadeiros e genuínos não pudessem surgir.
O que também é revigorante na narrativa é como a diversidade se faz presente no círculo de amigos dos personagens de forma tão natural, com a inclusão de diversos indivíduos queer. A presença de um ator principal que não é apenas tailandês, mas que possui raízes e características físicas estrangeiras, reflete essa preocupação com a diversidade e a abertura à aceitação, oferecendo um olhar para o mundo multifacetado em que vivemos, ao mesmo tempo em que permite questionar preconceitos ao retratar essas existências.
Parece que eu só tenho elogios a Gelboys, não é? Não é mentira, tenho bem mais elogios do que críticas, gosto quando as tramas fogem do comum, buscam ser originais e têm suas próprias cores. É como um acalento ver algo incomum, mas também muito bom. Eu diria que minha única reclamação sobre o drama gira em torno do corte temporal ocorrido, fiquei com uma sensação de que foi brusco e rápido, mesmo sabendo que alguns elementos da trama mostram esse tempo que passou, ainda assim, foi inesperado e rápido, isso me incomodou porque eu queria tempo para mastigar os sentimentos dos personagens. E isso já entra em outro ponto, desejava muito que tivesse mais episódios, fiquei bem satisfeita com o final, mas não faria mal mais episódios para mergulhar nas emoções e ações dos personagens.

Gelboys tem muitos detalhes, ele fala com a gente por meio de seu aspecto estético e simbolismo, sinto que perdi muitos detalhes, então, é uma ótima história para se assistir novamente, acredito que cada vez que você assista, vai conseguir captar uma faceta diferente, infelizmente eu só assisti uma vez. Estou grata por ter apertado o play nesse BL, é o melhor tailandês de 2025 até agora, e eu comecei ele não porque a sinopse me interessava em um primeiro momento, mas porque admiro o trabalho do diretor, que também fez um dos meus BL’s favoritos (I Told Sunset about You, recomendo sempre e falei um pouco dele aqui ), estava com expectativas altas e elas foram sim supridas.
A equipe também teve o cuidado de inserir o público no seu processo de produção (nós, curiosas, amamos!). O documentário do drama nos mostra como o elenco foi selecionado, como a ideia foi concebida e como as gravações aconteceram – incluindo o uso da câmera de celular pelo diretor para gravar cenas – o que evidencia o carinho e a dedicação da equipe. Além disso, entre os episódios, foram lançadas histórias paralelas curtas, com cerca de cinco minutos, que expandem momentos não totalmente explorados na trama principal. Os bastidores também revelam os desafios da equipe, como gravar no metrô da meia-noite até de manhã, sem poder fazer paradas, o que tornou a experiência ainda mais interessante de acompanhar.
Por último, Gelboys carrega o público para a Tailândia urbana e nos insere nos medos e inseguranças da adolescência, mostra as formas de se comportar e a expressão de uma geração, coloca coisas óbvias e corriqueiras aos olhos de quem assiste, evocando memórias e sentimentos. É uma história de amadurecimento queer, que fala sobre garotos que fazem unhas de gel, mas também sobre as dores de crescer, as cores da juventude e a singularidade de cada experiência. É tão precioso pensar que, a partir de jovens fazendo unhas de gel, podemos ter um retrato tão rico e realista, ao mesmo tempo tão novo e nostálgico. Gelboys respira arte, não só no ato de fazer unhas de gel, mas na forma de existir de seus personagens, em seus sentimentos tão conflitivos e em sua estética vívida. É, em si, uma obra de arte, tão genuína e expressiva que toca a alma de quem a contempla. É como as artes nas próprias unhas de gel, tão dinâmico, singular e carregado de significados, que emana identidade, emoções e liberdade, mas também caos e imperfeição.
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