My Little Happiness: um romance leve e divertido para descomplicar a mente

Saudações!! Aqui quem escreve é a Brenda, hoje vim resenhar sobre o único tipo de drama que estou conseguindo assistir ultimamente, as comédias românticas e, mais especificadamente, as da China. O drama de hoje, pelo que já percebi nas postagens, muitos de vocês conhecem, é My Little Happiness, disponível para assistir no WeTV (app) e Viki grátis (provavelmente aqui não estará todo legendado). A resenha de hoje creio que vai ser curta, não é um drama de muita complexidade.
My Little Happiness é sobre Cong Rong, ela sempre sonhou em ser uma advogada, no entanto, sua mãe não aprova nenhum um pouco essa profissão para a filha. Justamente por isso, Rong tem a ideia de ir embora escondida do exterior e voltar para China a fim de realizar o seu sonho, com toda a determinação que a acompanha ela consegue estágio em um escritório de advocacia chinês e imediatamente é colocada para a difícil tarefa de cuidar dos assuntos jurídicos de um hospital, lá ela conhece o médico cirurgião Wen Shao Qing. Quer dizer, lá ela reencontra o Shao Qing, já que ele é seu amigo de infância, a questão é que ele mudou tanto que Rong não o reconhece. Assim, apaixonado por nossa protagonista há séculos, Shao Qing tem em mãos a difícil missão de fazer com que Rong perceba seu amor por ela e se apaixone.
Comecei a assistir o C-drama por conta do clichê de casamento contratual, eu adoro! Hello, Mr. Gu não possuir apenas esse clichê, no fim o drama tem todos os clichês possíveis, é um drama essencialmente clichê, então, desde já, digo que quem quiser uma história leve, divertida, para assistir sem pretensão, e levando não tão a sério, o drama é o recomendado. Não há nada de inovador na história de Hello, Mr. Gu, mas tem pontos que gostaria de destacar e comentar.
O primeiro deles é a personalidade dos personagens, Gu Nan Zhou é o típico CEO dos dramas, em muitos momentos, ele me lembra o personagem do Park Seo Joon em Secretaria Kim. Nan Zhou tem seus momentos de loucura, aliás, ele pede a Qing Qing em casamento por conta de um desejo do falecido pai e isso acontece bem do nada, mas é engraçado, a forma inusitada. Nan Zhou também tem seus momentinhos de arrogância, mas não são muitos, pois a Qing Qing logo o coloca em seu lugar. A principal características que o personagem assume durante a história é a de uma pessoa atrapalhada, lerda e fofa, então, em muitos momentos eu tive que gritar com o Nan Zhou para ele tomar uma atitude.
Já a Jiang Qing é a atitude em pessoa, é uma protagonista bem determinada, forte, que faz de tudo para pagar as dividas de sua família. Ela faz um acordo com o Nan Zhou para pagar essa divida da família, assim, entra nesse contrato de casamento. O que me agradou, desde o início, foi a personagem falar o que pensava e ter coragem para peitar as pessoas, sem problema algum. Infelizmente, durante o drama a personalidade dela muda, principalmente, quando começa o relacionamento com o Nan Zhou, de uma personagem independente e segura, ela vai se tornando um poço de inseguranças, em muitos momentos, achei que essa mudança não foi condizente com o que a protagonista mostrou ser em boa parte da história, pareceu algo mal colocado, mesmo com o drama justificando o porquê disso.
Ainda sobre os personagens, lendo a sinopse é perceptível que o Nan Zhou possuir uma fobia, tenho que dizer que para uma história que eu não esperava nada, gostei de como a fobia do personagem foi tratada na história. Aspectos traumáticos são sempre comuns em histórias de CEO, mas aqui meu elogio vai para o fato de terem colocado o personagem tratando seus problemas por meio da terapia e acompanhamento psicológico, não apenas pelo poder amor , ter uma pessoa para compartilhar conta sim, mas não é o suficiente, aos poucos, ele vai melhorando. Apesar de ter uma cena que acho um tanto desnecessária, não vou aguentar não comentar – SPOILER A SEGUIR – uma que a protagonista termina com ele e o personagem vai procurar por ela na rua, e ela está em cima de um lugar alto que na escada tem muitas pessoas, ela usou a doença para impedir ele de chegar perto dela, não gostei dessa atitude – FIM DO SPOILER.
Quanto ao relacionamento dos dois é um romance fofinho, recheado de cenas fofas e clichês, aqui temos em determinado momento, até o clichê do chefe e da secretária, entre os dois. Mas, também é uma relação bem cão e gato, cheio de brigas, isso é reflexo dos dois personagens, o relacionamento que eles engendram é bem infantil, no sentido que ambos têm atitudes infantis e irritantes. Mas, os dois têm muita química, sério, se fosse para convencer a assistirem o drama seria pela química entre os personagens, rende muitas cenas boas e também são bem divertidos juntos, um contraste que funciona.
O C-Drama também possuir personagens secundários, o segundo casal da trama é um formado pela melhor amiga da Qing Qing chamada You Xia e o irmão da protagonista o Zhou Zi Xuan. Ao mesmo tempo que gostei do casal, eu vi alguns problemas, mas no fim, ambos juntos são fofos, faltou um sal nesse casal, mas nada demais, ficavam bonitinhos juntos e o plot de ambos se amarem desde infância foi legal. Em relação a isso, temos o fato de a Qing Qing não aprova um relacionamento entre a amiga e o irmão, o que é uma premissa só de enrolação mesmo, já que quando a personagem descobre – SPOILER – não acontece nada, o drama não explora bem e a gente nem ver uma conversa entre os três sobre o assunto – FIM DO SPOILER.
Na verdade, acredito que Hello, Mr. Gu funcionaria melhor com 24 episódios do que com 30 episódios, depois do episódio 24 a história começou a se tornar cansativa para mim, isso porque o drama introduziu muitas situações desnecessárias, elas não agregam em nada e só reforçam o que chamo de “clichês negativos”, eu fiquei muito com impressão que algumas situações aconteceram do nada, só porque eram clichês e deviam estar ali, pois o restante dos episódios precisava ser preenchido. Sendo sincera, o drama já tinha a característica de jogar os clichês do nada, sem preparação prévia, desde o início. O problema é que perto do final a história introduz a rivalidade feminina, colocando uma personagem feminina para ser vilã da história, essa personagem já existia desde o começo na trama, mas, ela ganha um caráter de rivalidade perto do final, sempre é desconfortável para mim ver essas cenas. Enfim, muitas situações desnecessárias e pouco trabalhadas, – SPOILER – podiam ter usado esse tempo para trabalhar o casal junto, assim, não daria a impressão que eles se voltaram sem uma conversa prévia, – FIM DO SPOILER – gostaria de um casal que conversasse mais também.
O drama também possuir aquele personagem masculino que é apaixonado pela protagonista, que nunca vai ser escolhido por ela, mas gosta de se iludir. Esse personagem não fede, nem cheira, pelo menos é uma pessoa boa, que realmente ama e quer o melhor para a protagonista, por mais que ele seja motivo de brigas de ciúmes do casal, ele não chega a ser motivo efetivo de nada. SPOILER – O coitado até termina sozinho, fiquei com pena, pois só usaram ele por um único motivo – FIM DO SPOILER.
Para finalizar esse texto, eu recomendo Hello, Mr. Gu para aqueles dias que você não se importa com nada e só quer limpar a mente com uma história fofa e divertida, pois os risos vão vir muito, mas saiba que os clichês vão está lá aos montes, eu pude me divertir e ficar com o coração quentinho nas cenas de romance dos protagonistas, mesmo com os pontos que não gostei e alguns que citei no presente texto. Aliás, eu amo a trilha sonora fofinha, transmite doçura. Então, a história de um CEO fofo e uma princesa em apuros pode não ter nada de mais, mas nos lembra o quanto o encontro de duas pessoas pode trazer luz uma para outra.